quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Conclusão da Especialização

Mais uma etapa vencida! Conclusão do Curso de Especialização em Tecnologias e Novas Educações, pela UFBA.
A Defesa da Monografia me deixou feliz pelo reconhecimento de um trabalho realizado. O dia 27 de julho ficará guardado para sempre em minha vida. Valeu a força de todos!!
É muito importante agradecer por tudo aquilo que conseguimos realizar. O sentimento de gratidão preenche o nosso coração e eleva as vibrações de tudo à nossa volta.

Agradeço...

A Deus por nos fazer prosseguir com fé e esperança, acreditando que acima de tudo a obra é do “Pai” e que somos apenas seus mediadores;

À Equipe do Curso de Tecnologias e Novas Educações pelo apoio e prestígio a cada passo alcançado.

Aos colegas cursistas e de trabalho pelos momentos vividos, pela força, incentivos, apoio e paciência em me ouvir.

A minha Orientadora professora Maristela Midlej que me fez perder o medo de escrever e querer estudar mais. Foi graças a sua competência, entusiasmo, envolvimento e apoio que consegui realizar essa produção.

Aos meus Familiares e Amigos, que contribuíram de forma efetiva na minha formação como educadora viajando nos meus sonhos de uma educação de qualidade para todos.

E a uma pessoa especial, que entrou na minha vida e transformou meus dias especiais, Pedro, meu marido, companheiro, amigo, por acreditar em meus sonhos e ajudar na realização dos mesmos.

A todos que contribuíram direta e indiretamente... Obrigada pelos momentos de grande aprendizado e alegria vividos...

“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano.
Mas sem ele, o oceano seria menor...”

Madre Teresa de Calcutá







terça-feira, 28 de junho de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Corpos Mutantes



COUTO Edvaldo Souza (Org.); GOELLNER, Silvana Vilodre (Org.). Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d)eficiências corporais. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.



O livro Corpos Mutantes traz várias reflexões sobre a valorização do corpo humano na atualidade. Os autores falam das aventuras desses corpos mutantes como construção cultural de acordo com as tecnologias do momento.


A seguir, estão postados quatro comentários de alguns textos do referido livro.

“O espetáculo do Ringue: O esporte e a potencialização de eficientes corporais.”
Cláudio Ricardo Freitas Nunes
Silvana Vilodre Goellner

No “mundo moderno”, somos o que aparentamos ser e não são poucos os investmentos dados ao corpo em nome da beleza, juventude, performance, saúde...
Tornar o corpo mais potente é melhorar a qualidade, aprimorar sua eficiência. Para tornar um corpo mais potente precisamos, primeiro, descobrir para qual finalidade. Para aprimorar um corpo de um ciclista é necessário exercício físico especializados para os desgastes musculares mais comuns durante a execução do esporte, para melhorar a qualidade de uma ginasta é necessário potencializar o que será mais utilizado também, porém, para cada tipo de esporte há um desgaste diferente e um tipo de potencialização diferente, seja ela física ou mental.
No M.M.A. (Mixed Martial Arts) para se ter uma performance perfeita é importante, além da preparação física, técnica e tática, é preciso também trabalhar no atleta uma preparação mental, pois, “Lutar é uma ação que está além do esmero físico e da desenvoltura corporal dos atletas. É também uma disputa de estratégias físicas e mentais entre sujeitos treinados para executarem as suas ações de maneira mais eficaz possível”.
Tornar-se um lutador requer muito: é necessário dedicação física destrutiva, tolerância extrema a dor, ferimentos, etc. Alguns lutadores fazem uso de suplementos alimentares para se ter um aumento da força física, extremamente importante dentro das lutas.
Os processos exaustivos buscados para obtenção de força física e potencialização trazem consigo desgastes físicos, emocionais e psicológicos que são irreversíveis. “A eficiência corporal tenta sobrepor-se à sua própria deficiência e os limites entre elas não apenas estão borrados, como são significados de forma diferentes, consoante aos locais onde estes corpos circulam”.
Estas mudanças são vistas com muita naturalidade nos ambientes de luta, porque integram o processo de preparação de um lutador. Elas o identificam e demonstram todo o investimento feito por ele, denunciando que todo esses esforços que o faz explorar ao máximo seu desgaste, mostra também sua qualificação como lutador.
As novas tecnologias têm contribuído para potencializar as mudanças no corpo que muita gente deseja. Hoje quem pode pagar tem o corpo que deseja, mesmo que seu desejo possa até matá-lo.


“Os percursos do corpo na cultura contemporânea”

Malu Fontes

O culto ao corpo é uma conseqüência de um processo midiático através dos meios de comunicação onde se é bombardiado a todo tempo uma referencia a um corpo ideal.
Para se conquistar este corpo canônico, perfeito, primeiramente o corpo torna-se fonte de vergonha para o seu dono, sendo necessário uma busca constante a academias, cirurgias plásticas, métodos cosméticos e químicos. Ou seja, para se buscar um corpo canônico é preciso “ uma adoção voluntária de um conjunto de práticas, técnicas, métodos e hábitos que têm como firme propósito (re) configurar o corpo biológico, transformando-o em um corpo potencializado em seus aspectos estéticos e em suas formas de gêneros”.
A quebra da bipolarização mundial trouxe um rompimento de parâmetros do século XX, havendo uma mutação sociológica chamada de individualismo contemporâneo, fazendo com que os indivíduos e grupos passem a recorrer à apropriação do próprio corpo, transformando-o em principal meio de expressão na cena social, voltando a atenção para a própria a saúde.
No final do Século XX se construiu uma identidade físico-anatômica social, trazendo uma multiplicidade de técnicas para o aperfeiçoamento da boa forma corporal. O corpo canônico é uma negação dos efeitos do tempo e da depreciação causada pelos agentes da anatomia do corpo, é um resultado de uma soma de investimentos mediante práticas, métodos e artifícios para a construção de um corpo, sendo que não equivale a necessariamente à beleza física, pois é um corpo idealizado é, antes de qualquer coisa, um corpo (re) construído a partir de um conjunto de discursos de várias naturezas que tentam transformá-lo culturalmente adequado, ou seja, todo corpo que não se enquadra neste conjunto tente a ser qualificado como um corpo inválido.


“Velhice, palavra quase proibida; Terceira idade, expressão quase hegemônica”

Annamaria da Rocha Jatobá Palácios

Ter algo velho em casa simboliza ter algo abandonado, imprestável, mal conservado. Qualificar uma pessoa como velha é dizer que ela está decrepta, próxima do fim, má conservada, desgastada. Mas ser qualificado como “terceira idade” é ilustrar de forma mais sutil a maturidade da pessoa.
A terceira idade é o ponto culminante de uma linha abstrata da vida, ainda que aponte para a etapa final da vida, porém afastando a alusão direta da velhice e envelhecimento. O aumento do limite biológico humano traz consigo um universo de aposentados precoces, idosos capazes e idosos com vários graus de limitações.
Os anúncios de cosméticos construíram, ao longo dos anos, uma luta contra o envelhecimento. Apesar de que todos chegam a terceira idade, ou seja, tornam-se cronologicamente velhos, o sujeito é instigado a não se sentir como tal. Atualmente é recomendável transferir o uso da palavra “velhice” para a expressão “terceira idade”, pois funciona como balizador semântico, mesmo que não apareça em todos os anúncios. A expressão terceira idade tende a tornar-se menos evidente, pois , com o tempo, a palavra velhice tornará um marcador encoberto.


“O corpo e a expressão videográfica: A videoinstalação como estratégia de uma narrativa corporal”

Danillo Silva Barata

O corpo humano é, constantemente, alvo de reflexão e pesquisa artística, principalmente pelo fato da intensa publicidade midiática. O corpo assume um lugar estratégico para ação artística quando o desejo retornar a fusão da arte-vida. Esta fusão coloca a experiência do corpo numa dimensionalidade ampliada trabalhando o corpo e extraindo o máximo das potencialidades significantes dos novos meios.
É preciso ter um corpo que se enquadra no perfil publicado pela mídia, a aparência e o desempenho confundem a necessidade do homem de se aproximar da maquina. Ser visto como perfeito é um objetivo buscado e quando não se consegue conquistar o almejado, torna-se excluído. Devido a grande rapidez com que as idéias da mídia se modificam o homem se submete a esta agilidade, a velocidade e valoriza o que é passageiro.
“A expressão do corpo como meio de expressão artística, tende hoje a recolocar a pesquisa das artes no caminho das necessidades humanas básicas, retomando práticas que são anteriores à história da arte, pertencendo a própria origem da arte”.
A videoinstalação mostra que o ideal de beleza se modifica a todo tempo e é extremamente dinâmico e veloz as tecnologias para acompanhar essas metas midiáticas.

“A expectativa do corpo moderna se fundamenta no reforço de um sentimento contraditório que se vê explodir na atualidade: dominar o corpo e, ao mesmo tempo, liberta-lo; subjugá-lo e depender dele para sua felicidade; acreditar na superioridade e independência da mente, mas submeter-se aos rituais necessários ao corpo ‘em forma’.” (Silva, 2001 p. 18)